Pesquisa de origem e destino será estendida para a Região Metropolitana

 

Transporte coletivo

 

Pesquisa de origem e destino será estendida para a Região Metropolitana

 
 
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A pesquisa de Origem e Destino (OD), com projeto já em elaboração para Curitiba, será ampliada para os 13 municípios da Região Metropolitana  que fazem parte da Rede Integrada de Transporte (RIT). A decisão foi tomada numa reunião na manhã desta quarta feira (27) entre técnicos e os presidentes da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior; da Comec, Rui Hara; e da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec), Luiz Goulart, prefeito de Pinhais; e o secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Junior.

Durante o encontro foi aprovada a proposta do presidente da Urbs, apoiada pelo secretário, de que a pesquisa tenha base domiciliar (quando as entrevistas são feitas nos domicílios). Trata-se de uma metodologia de maior alcance que a da pesquisa com base embarcada (entrevistas nos ônibus),que leva menos tempo para ser feita mas tem resultado mais restrito.

A pesquisa OD, prevista no plano de governo do prefeito Gustavo Fruet, tem como objetivo permitir a adequação do sistema de transporte coletivo, na medida em que oferece um panorama claro de para onde vão e de onde vêm as pessoas que se deslocam nas cidades. O levantamento vai permitir inclusive avaliar a necessidade de outros modais e até mesmo de alterações no sistema viário. “Esta pesquisa oferecerá ferramentas importantes que vão além da área da mobilidade, auxiliando os municípios no próprio planejamento”, disse Gregório.

No caso do transporte coletivo, explicou, a pesquisa vai permitir saber se o dimensionamento da frota, a composição das linhas de ônibus, os trajetos, horários e itinerários estão adequados ao que a população precisa. A adequação pode representar, inclusive, a redução dos custos do transporte que, divididos pelo número de passageiros, se traduzem na tarifa.

Também os presidentes da Comec e da Assomec defenderam a realização da pesquisa OD de base domiciliar. O secretário Ratinho Junior disse concordar com a importância da pesquisa, cujo custo – ainda a ser definido – será dividido entre o Estado e os municípios envolvidos. O prefeito Luizão, presidente da Assomec, considerou a realização desta pesquisa essencial para o desenvolvimento dos municípios, que terão dados importantes para traçar diretrizes.
 
Estrutura de custos

Além da pesquisa de Origem e Destino, também foram definidas novas etapas do trabalho envolvendo Urbs, Comec/Sedu e Assomec. O presidente da Urbs propôs que o grupo analise os custos da estrutura do transporte – que serão apresentados na próxima reunião, a ser agendada – para que os municípios da RIT tenham conhecimento do valor da estrutura de Curitiba utilizada na integração. Esta estrutura inclui, por exemplo, 364 estações tubo, 30 terminais, 81 quilômetros de canaletas exclusivas, monitoramento, controle operacional, etc.
“É importante que todos conheçam o bolo para ver como ele será repartido”, afirmou.

Gregório também informou medidas já adotadas para que seja feita a auditoria determinada pelo prefeito Gustavo Fruet na Urbs, no Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), que é exclusivo do transporte coletivo, e nos contratos firmados em 2010 com as empresas operadoras. As universidades (UFPR, PUCPR e Positivo) estão indicando seus representantes e a Urbs deu início à elaboração do processo para contratação de empresa de suporte técnico. A expectativa é que a auditoria seja iniciada dentro de dois meses.

Gregório disse que Curitiba e seus vizinhos vivem um momento em que se faz necessário construir um novo modelo de governança conjunta e reafirmou a determinação do prefeito Gustavo Fruet de que seja feito todo o esforço necessário para a manutenção do transporte integrado e da tarifa única que ele considera como um patrimônio da sociedade.

Convênio

No encontro, o presidente da Urbs lembrou a importância da renovação do convênio entre a Comec e a Urbs para manutenção da integração metropolitana. “Sem o convênio a empresa de ônibus do transporte coletivo de Curitiba não teria condições legais de atuar em outro município”, lembrou Gregório. Por outro lado, explicou, uma empresa metropolitana não teria onde deixar o passageiro dentro de Curitiba.

“Esta integração é essencial para Curitiba e para os municípios vizinhos e é preciso que se encontre uma solução de curto prazo”, afirmou. Gregório destacou a importância do diálogo e da construção de uma agenda positiva, como a que vem sendo elaborada em conjunto pela Urbs, Comec e Assomec, contando com participação do secretário.

O presidente da Urbs também lembrou a importância de uma solução a curto prazo para o convênio entre Urbs e Comec, sem o qual os ônibus de Curitiba não podem atender os municípios da Região Metropolitana. O presidente voltou a destacar que é determinação do prefeito Gustavo Fruet a manutenção da Rede Integrada e da tarifa única, que são um patrimônio da sociedade.

Fonte: Prefeitura de Curitiba