Policiais e bombeiros do Rio decidem entrar em greve

Paralisação

Policiais e bombeiros do Rio decidem entrar em greve

Recomendação das lideranças da assembleia que decidiu pela greve foi para que os policiais e bombeiros sigam para suas unidades, mas se recusem a sair às ruas
 
 
Policiais militares, policiais civis e bombeiros decidiram, em assembleia geral, decretar greve a partir desta sexta-feira (10). Entre as principais reivindicações, estão o estabelecimento de um piso salarial de R$ 3,5 mil e a libertação do cabo bombeiro (8), após retornar de Salvador, onde acompanhava a greve dos policiais baianos.
A concentração na Cinelândia, em frente à Câmara de Vereadores, começou por volta das 17h e a decisão pela greve foi tomada às 23h21, quando os cerca de 1,5 mil presentes, segundo organizadores, aprovaram a paralisação por aclamação. A recomendação das lideranças foi para que os policiais e bombeiros sigam para suas unidades, mas se recusem a sair.
 
“É greve geral e a culpa é do Cabral, estamos parados oficialmente a partir de agora”, anunciou o cabo do 22.º Batalhão Wellington Machado. “Agora não é hora de aceitar intimidação e ameaça. Se prender um de nós, vai ter que prender todo mundo. Aqui não tem covarde.”
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Fernando Bandeira, afirmou que “no máximo” 30% da categoria será mantida nas delegacias para atender ocorrências em que houver violência ou grave ameaça. A princípio, a Delegacia de Homicídios funcionará normalmente.
Exército está mobilizado
O secretário estadual de Defesa Civil e comandante dos bombeiros, Sérgio Simões, disse esperar que a adesão seja mínima. Caso contrário, já acertou a mobilização de até 14 mil homens do Exército para o Carnaval. Também são esperados 300 homens da Força Nacional de Segurança, que trabalharão nos serviços prestados pelos bombeiros.
Com a proximidade do carnaval, a preocupação é garantir segurança aos milhares de turistas que chegam ao Rio para a festa. Segundo o comandante dos bombeiros, o carnaval será realizada com a segurança feita pelas forças federais e de efetivos que não aderiram à greve.