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MOTORISTAS E COBRADORES APROVAM INDICATIVO DE GREVE CONTRA REPRESÁLIA DE PATRÕES À GREVE GERAL DE 28 DE ABRIL

MOTORISTAS E COBRADORES APROVAM INDICATIVO DE GREVE CONTRA REPRESÁLIA DE PATRÕES À GREVE GERAL DE 28 DE ABRIL

Empresários querem descontar dois dias por conta da Greve Geral Nacional de 28 de Abril. Hoje de madrugada foi aprovado indicativo de greve na Viação Tindiquera. Esta semana, trabalhadores da Sorriso e Santo Antônio também se mobilizaram. Nos próximos dias, estão programadas novas ações 



Os trabalhadores da Viação Tindiquera (54 linhas na região de Araucária,  mais de 300 motoristas e cobradores), aprovaram por unanimidade, na madrugada de hoje (2), indicativo de greve conta o possível desconto de dois dias de trabalho em represália à paralisação da Greve Geral de 28 de Abril. Na ocasião, trabalhadores de todo o Brasil cruzaram os braços contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, que acabam com a Aposentadoria e os Direitos Trabalhistas.

“Se continuar assim, o caldo vai engrossar! A categoria não vai permitir represálias que visam desmobilizar a categoria, que já mostrou sua força”, avisa Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc. Além da Tindiguera, holerites já confirmam intenção de descontar dois dias nas empresas Glória, Sorriso, Santo Antônio, São José dos Pinhais Filial (antiga Carmo) e Mercês.  

Ao longo desta semana, motoristas e cobradores das empresas Sorriso (49 linhas pelas regiões centro e sul de Curitiba, mil motoristas e cobradores) e Santo Antônio (33 linhas atuando na região norte de Curitiba metropolitano e Colombo metropolitano, 447 motoristas e cobradores) também já se mobilizaram contra a represália das empresas. “Vai ter mobilização em todas que descontarem!”, afirma o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.  

“Os trabalhadores não admitem esta possibilidade, pois, dia 28 de abril foi uma GREVE NACIONAL, realizada pelas Centrais Sindicais de todo o País. Nem havia modo de trabalhar. Estamos fazendo mobilização nas garagens ao mesmo tempo que tem tentado estabelecer um diálogo com o sindicato patronal. Há uma grande indignação com essa atitude oportunista por parte das empresas”, afirma Anderson.


 

Entendimento dos Tribunais

Já há decisão do Tribunal Regional do Trabalho - TRT-PR, proferida pela Desembargadora Marlene Suguimatsu, confirmando que a greve foi legítima e isentando frota mínima, na análise do movimento em Londrina-PR. Decisões de outros tribunais pelo Brasil afora também confirmaram a legalidade da greve geral de 28 de abril.

 

Além disso, Nota Oficial publicada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) reconheceu a greve geral de 28 de abril como LEGÍTIMA. Assinada pelo procurador-geral do MPT, Ronaldo Curado Fleury, o texto afirma que a greve é “um direito fundamental assegurado pela Constituição Federal, bem como por Tratados Internacionais de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil, ‘competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender’”.

Na mesma linha, o procurador chefe do MPT do Paraná, Gláucio Araújo de Oliveira, reitera a legitimidade da greve dos trabalhadores.

 

Litígio

Em Curitiba, o assunto ainda é objeto de apreciação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR). No dia da greve, o sindicato patronal entrou com pedido de dissídio no Tribunal Regional do Trabalho, o qual ainda não foi julgado, ou seja, o assunto está em litígio. “Sendo assim, não há cabimento que as empresas descontem dois dias dos nossos salários, sendo que nem no Judiciário houve entendimento sobre a questão”, finaliza Anderson Teixeira.

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