Grande mídia destaca movimento dos Motoristas e Cobradores

Motoristas atrasam saída de ônibus em apoio aos que não receberam 13º salário

Por Denise Mello e Antonio Nascimento

Muitos trabalhadores chegaram atrasado na manhã desta segunda-feira (23). É que a grande maioria dos ônibus de Curitiba e região metropolitana saiu das garagens com uma hora de atraso em uma manifestação de apoio de motoristas e cobradores aos trabalhadores da Viação Mercês, que ainda não receberam a 2ª parcela do 13º salário. A saída dos ônibus, que normalmente acontece a partir das 4 horas, só foi feita a partir das 5 horas.

Já os trabalhadores da empresa Mercês retomaram a paralisação na manhã de hoje. Eles haviam cruzado os braços no sábado, em razão da falta de pagamento do 13º e também do vale mensal, porém, após uma assembleia, decidiram voltar ao trabalho no meio da tarde no mesmo dia. O retorno foi mediante o acordo de retomar a greve nesta segunda-feira.

Segundo o presidente da Urbs, Roberto Gregório, por volta das 7 horas, o Sindimoc conseguiu junto ao Consórcio das Empresas dos sistema de transporte de Curitiba a garantia de que o pagamento será feito hoje para os motoristas e cobradores da empresa Mercês. Assim, até às 8h30 todas as linhas da foram normalizadas. “O Consórcio assumiu o compromisso do pagamento ainda hoje e todas as linhas estão sendo normalizadas”, informou Gregório à Banda B.

A paralisação da empresa Mercês prejudicou cerca de 38 linhas de Curitiba e RMC. O terminal de ônibus mais afetado é o de Santa Felicidade.  A empresa opera as linhas Jardim Botânico, Jardim Itália, Santa Felicidade, São Bernardo, Julio Graf, Canal da Música, Jardim Social/Batel, Interbairros II e IV, ligeirinho Bairro Alto, alimentadores da região de Santa Felicidade, além de trechos em Campo Magro, Campo Largo e alguns ônibus da Linha Turismo.  As demais linhas funcionaram normalmente nesta segunda-feira, apesar do atraso na saída dos ônibus.

A Urbs informou que monitorou toda a situação desde o primeiro momento da manhã, com fiscais nas garagens acompanhando a operação. O Centro de Controle Operacional tentou minimizar o transtorno para o usuário com reforço de outras linhas.

Segundo Gregório, a empresa Mercês deve sofrer sanções. “Eles devem receber multas tanto pelo atraso quanto por não terem liberado os ônibus no sábado para rodar. O que podemos garantir é que todo o repasse de dinheiro por parte da Prefeitura para as empresas foi feito. Se não houve o pagamento por uma empresa aos funcionários foi por uma falha deles”, informou.

Segundo o Sindimoc, na madrugada de sábado, um dos diretores da empresa Mercês avisou que não havia dinheiro para o pagamento e que a família proprietária estaria tentando vender bens para conseguir os recursos. Ainda segundo o sindicato, a própria empresa fechou os portões impedindo a saída dos ônibus com medo da ameaça dos motoristas de rodarem com as catracas liberadas.

Em nota, a Prefeitura de Curitiba informou: “A prefeitura reitera a posição divulgada na sexta-feira, de que não vai tolerar o não atendimento à população, uma vez que qualquer iniciativa das empresas para impedir a circulação dos ônibus será entendida como tentativa de locaute e quebra de contrato. O fato será formalmente comunicado ao Ministério Público”.

Fonte: Banda B

Empresa deve ser multada por atrasar 13º e causar paralisação de motoristas e cobradores

A empresa Mercês do transporte coletivo de Curitiba deve ser multada por não pagar o 13º salário dos funcionários dentro do prazo. Na sexta-feira, o Ministério Público do Trabalho determinou que a empresa fizesse os pagamentos até sexta-feira. A empresa não pagou e os funcionários pararam de trabalhar. A alegação era de que a Prefeitura de Curitiba não teria feito os repasses contratuais por meio da Urbs. Segundo a prefeitura, todos os repasses estão em dia e não há motivo para que a empresa não faça todos os pagamentos dentro dos prazos. O presidente da Urbs, Roberto Gregório, disse que a empresa será multada de acordo com o contrato firmado com a concessionária. A empresa Mercês faz parte do consórcio e foi a única que não pagou os funcionários.

A Urbs ainda não definiu qual será o valor das multas aplicadas às empresas que tiveram paralisação no serviço.

Motoristas e cobradores da empresa Mercês entraram em greve no sábado (21) de manhã e voltaram a trabalhar nesta segunda-feira (23). Os funcionários das outras empresas fizeram uma paralisação de uma hora no início da manhã para participar de uma assembleia convocada pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc). A empresa Mercês assinou um termo de compromisso de que não vai mais atrasar os pagamentos. Os bairros mais atingidos durante a madrugada de nesta segunda-feira (23) foram Santa Felicidade e São Braz. Os terminais tiveram filas e algumas linhas de ônibus atrasaram mais de uma hora.  A Prefeitura de Curitiba, por meio de nota, afirma não vai tolerar o não atendimento à população, uma vez que qualquer iniciativa das empresas para impedir a circulação dos ônibus será entendida como tentativa de locaute e quebra de contrato. A prefeitura vai comunicar formalmente ao Ministério Público a queixa de quebra de contrato.

Fonte da notícia: Band News Curitiba

 

Após bloqueio e paralisação, serviço de ônibus é normalizado em Curitiba

Segundo o sindicato dos motoristas e cobradores, bloqueio gerou atraso de uma hora no início da operação do sistema em toda capital. Trabalhadores da Autoviação Mercês cruzaram os braços até as 7h30

O início da operação do sistema de transporte coletivo em Curitiba sofreu um atraso de uma hora na manhã desta segunda-feira (23) em Curitiba. Segundo informações do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), após assembleia da categoria, foi decidido pelo bloqueio das 4 às 5 horas na saída dos coletivos das empresas, com a realização de piquetes dos trabalhadores.

Após este horário, ainda segundo o Sindimoc, apenas os trabalhadores da Autoviação Mercês permaneciam de braços cruzados. De acordo com o vice-presidente do Sindimoc, Dino César Morais de Mattos, eles retornaram ao trabalho às 7h30 e a situação no atendimento às linhas da empresa foi normalizada por volta das 8h30.

O protesto dos trabalhadores da Autoviação Mercês prejudicou o atendimento de Campo Magro, na região metropolitana, do bairro de Santa Felicidade e de linhas como Inter 2 (ligeirinho) e do Interbairros 2.

Atraso de salários

O protesto da categoria nesta segunda-feira é uma continuidade ao ocorrido no último sábado (21), quando funcionários da Autoviação Mercês pararam suas atividades, alegando atraso no pagamento da segunda parcela do 13º salário. Ao contrário desta segunda, eles foram acompanhados então por trabalhadores da Autoviação São Braz, que compartilha a mesma garagem. Na ocasião, a circulação de ônibus só voltou a ocorrer a partir do meio-dia e a circulação só foi normalizada a partir das 14 horas.

Ameaça de greve geral

Para esta segunda-feira, o Sindimoc havia alertado para a possibilidade de uma greve geral. "Temos um indicativo de greve aprovado desde terça, já informamos às empresas e órgãos públicos”, disse o presidente da entidade, Anderson Teixeira, no sábado.

A Urbs, no entanto, afirmou que na última quarta-feira (18) foi feito um acordo com o Sindimoc para que, em caso de greve, apenas os cobradores de ônibus participassem, garantindo transporte a população. Com o descumprimento do acordo as duas empresas – Autoviações Mercês e São Braz - e o Consórcio Pontual, do qual fazem parte, foram notificadas ainda na manhã de sábado para que as operações fossem normalizadas, informou a empresa, que administra o sistema de transporte coletivo na capital.

A regularização das linhas na manhã desta segunda-feira, segundo o vice-presidente do sindicato, só aconteceu porque o Consórcio Pontual registrou um documento se comprometendo com os trabalhadores a pagar a segunda parcela do 13.º salário até as 16 horas deste dia 23. Caso o depósito não seja efetuado, os funcionários retornarão ao estado de greve assim que for decidido em nova assembleia.

Prefeitura rebate

Por meio do Twitter, a Prefeitura de Curitiba informou que a Autoviação Mercês recebeu os repasses para o pagamento do 13º salário de seus funcionários e fez um alerta: "Entendemos qualquer iniciativa das empresas para impedir a circulação dos ônibus como quebra de contrato".

Fonte da notícia: Gazeta do povo