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Mobilização da categoria obriga governo e prefeitura a levar transporte coletivo a sério

Mobilização da categoria obriga governo e prefeitura a levar transporte coletivo a sério

Mais de mil trabalhadores foram acompanhar audiência no TRT nesta terça.Precisou a situação chegar no limite para empresas, prefeitura e governo do estado finalmente sentarem para conversar e, efetivamente, começarem a definir o futuro do transporte coletivo de uma das principais capitais do Brasil: Curitiba. Precisou o canetaço da Justiça determinar que os ilustríssimos gestores do transporte público se reunissem para buscar uma solução para o impasse. Para tudo isso acontecer, precisou que a gente chegasse no limite de partir para uma greve firme e forte, que mais uma vez entra para a história da nossa categoria. Foi desta forma que, num passe de mágica, o governo do Estado arrumou R$ 5 milhões para pagar os vales salariais dos trabalhadores, que estavam atrasados.

Será que depois de fazer fiasco em rede nacional, eles acordaram pra vida?

 

Acordo no TRT garante pagamento do vale atrasado

Este foi o combinado na segunda audiência de conciliação, realizada na tarde desta terça-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba: O Governo do Estado, por meio da Comec, transfere R$ 5 milhões ao fundo do transporte, saldando um pedacinho da sua dívida de R$ 16,7 milhões com os subsídios vencidos e não pagos de outubro, novembro e dezembro do ano passado. As empresas recebem o recurso e, até quinta-feira, no máximo, pagam os trabalhadores. Até lá, a greve continua com frota mínima de 80% dos veículos em circulação, sob pena de multa de mais de meio milhão de reais ao Sindimoc. 

Indignação com atraso de salários chegou no limite. Não aguentamos mais essa palhaçada!Após o dinheiro entrar na conta na quinta-feira, encerramos a greve, mas não encerramos a mobilização. Por três motivos principais: 

1 - Primeiro que continuamos, todos nós, sem assistência médica e ambulatorial. Com a falta de pagamento das empresas, o sistema já tem um rombo de quase dois milhões de reais e parou completamente. Ou seja, toda nossa categoria, composta pro 12 mil trabalhadores, e também nossos familiares, todos, enfim, estão relegados ao SUS, que, como mundo sabe, não é algo que funciona às mil maravilhas. 

2 – Segundo porque diversas empresas estão criando problemas para pagar direitos fundamentais como o FGTS e as férias. Tem trabalhador indo para férias sem um tostão no bolso. Quando liga pra reclamar que o dinheiro não caiu, já após iniciado o período de descanso, as empresas estão tendo a pachorra de mandar o trabalhador voltar ao trabalho. O Ministério Público do Trabalho comprometeu-se a agir quanto a isso. Da mesma forma, a Superintendência Regional do Trabalho. 

3 – E terceiro, estamos em data-base, mês de negociação salarial. Já na próxima semana, às 14h00, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), a primeira reunião de negociação, com empresas (Setransp), URBS e Comec. Temos muitos assuntos importantes a tratar, entre os quais tem destaque o aumento salarial: nosso salário, apesar dos ganhos dos últimos quatro anos, ainda tem uma defasagem muito grande. Para tirar esse atraso, temos que manter a mobilização, a união e a luta. Não tem outro caminho.

 

Motoristas e cobradores da Carmo foram a pé, da garagem até o TRT, na chamada Procissão dos Sem Salário. No caminho, aplausos e manifestações de apoio da população.E o salário de janeiro?

Outra conquista da greve foi que no próximo dia 5 de fevereiro, na véspera do próximo pagamento salarial, estão intimados a comparecer em nova audiência no TRT a URBS, a Comec e as empresas, para conferir se está tudo ok com o pagamento. Nós, trabalhadores, também vamos estar presentes, por meio do Sindimoc.

 

Expectativa sobre o futuro do transporte coletivo

Alimentamos a esperança de que essa mobilização marque o início de uma nova era no transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana, no qual os gestores tratem o tema com a responsabilidade e respeito que ele exige. Queremos soluções definitivas, e não remendos provisórios e paliativos. Um sistema no qual trabalham 12 mil profissionais e que atende todos os dias mais de dois milhões de usuários não cabe em uma visão administrativa estreita, tacanha e insensível para com os as vidas de todas essas pessoas. Queremos mais profissionalismo e capacidade administrativa, mais vontade política, mais ação e menos politicagem. Trabalhadores e usuários exigem respeito! Estamos de olho! Estamos mobilizados! Somos profissionais! Não vamos tolerar amadorismo! Tratem o transporte coletivo com responsabilidade e dignidade!

Presidente Anderson Teixeira fala com trabalhadores em frente ao TRT, após o fim da audiência, na tarde desta terça-feira.

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