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Mais de quatro mil motoristas e cobradores já aprovaram indicativo de greve contra multas indevidas

Mais de quatro mil motoristas e cobradores já aprovaram indicativo de greve contra multas indevidas

Desde ontem, (17), trabalhadores do transporte coletivo de Curitiba estão se reunindo em assembleias para discutir as multas indevidas de 2011 e 2012 desarquivadas pela Urbanização de Curitiba Sociedade Anônima (URBS S/A)

Motoristas e cobradores da Redentor foram os primeiros a aderir o indicativo de greve, na madrugada do dia 17Na tarde de hoje, às 15h30, motoristas e cobradores da empresa Glória se reuniram em assembleia e aprovaram indicativo de greve contra multas indevidas cobradas pela Urbanização de Curitiba Sociedade Anônima (URBS S/A). Desde o começo da semana, um total de 4,4 mil trabalhadores já aprovaram esse encaminhamento. Ontem foram mil da Cidade Sorriso e mais 1,1 mil da Redentor e hoje, mais 970 da Viação São José dos Pinhais e 1,34 mil da Glória.

A paralisação do serviço pode ser deflagrada nas empresas 72 horas após aprovação do indicativo. As quatro empresas em que já ocorreram assembleias atendem 176 linhas de Curitiba e região. A empresas Redentor, Glória e Cidade Sorriso atendem a toda a região de Curitiba, e a Viação São José dos Pinhais afeta as linhas metropolitanas entre São José dos Pinhais e Curitiba.

Amanhã às 04h00 vai ocorrer assembleia na Tamandaré Filial e às 15h30, na Expresso Azul / Araucária.

Motivo

Trabalhadores da Cidade Sorriso aderiram ao indicativo na tarde de ontem (17)Trabalhadores estão revoltados porque a UBBS S/A não vem respeitando o Decreto 1884/11, o qual prevê medidas substitutivas à aplicação de multas financeiras aos motoristas e cobradores, em infrações relacionadas à operação do sistema. A empresa que gere o transporte coletivo em Curitiba também está cerceando o direito à defesa dos trabalhadores nessas multas. “É a URBS que multa, é a URBS que julga o recurso. Não tem o menor senso de justiça nisso”, reclama o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.

A gota d’água que desencadeou a possiblidade de greve foi a cobrança indevida de multas de 2011 e 2012 por parte das URBS. São autos que já estavam arquivados, no valor aproximado de R$ 2 milhões em multas que as empresas vão querer descontar aos motoristas e cobradores. As infrações são indevidas, originadas na fiscalização do transporte coletivo, tais como “não uso do uniforme”, sendo que na época não havia agasalhos adequados e motoristas e cobradores usavam blusas para suportar o frio; não contenção de invasões em massa do tubo em dias de jogos de futebol, atribuição de segurança pública exclusiva da Polícia Militar e Guarda Municipal e multa de R$ 500 contra um cobrador que foi ao banheiro.

Em 2011, o então prefeito Luciano Ducci reconheceu a injustiça dessas infrações e alterou a Regulamentação do Transporte por meio do Decreto 1884/11. Na época, chegou a afirmar que não era nada justo uma pessoa ser multada por se proteger do frio. A nova norma revogou a possibilidade das empresas repassarem a empregados as multas aplicadas pela URBS S/A e previu a possiblidade de substituição da multa financeira por medidas saneadoras adotadas para corrigir as supostas falhas operacionais. “Essas medidas saneadoras não vêm sendo aplicadas pela URBS S/A, em total prejuízo aos trabalhadores e com intuito aparentemente arrecadatório”, afirma o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira. 

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