Vigilantes: greve que fecha bancos será resolvida na Justiça

Vigilantes: greve que fecha bancos será resolvida na Justiça

Sindicato da categoria decidiu, em assembleia realizada nesta quarta-feira, entrar com pedido de dissídio coletivo. Greve segue causando transtornos a clientes de banco

A greve dos vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba entra no sexto dia nesta quarta-feira (6) com expectativa de um parecer da Justiça, pois o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana decidiu, em assembleia realizada nesta manhã, entrar com pedido de dissídio coletivo na Procuradoria Regional do Trabalho, para resolver o impasse com os patrões.

Saiba como fazer operações bancárias sem precisar ir à agência

Assim como nos outros dias, a paralisação causa transtornos a clientes de bancos da capital paranaense, já que força o fechamento de agências (que não podem abrir sem vigilantes) e provoca, em algumas unidades, falta de envelopes para depósitos. Além disso, caixas eletrônicos começaram, na terça-feira (5), a ficar sem dinheiro para operar saques.

Durante a manhã, os manifestantes, puxados pelo sindicato trabalhista, reuniram-se na Praça Santos, no Centro de Curitiba, onde decidiram pelo pedido de dissídio. A solicitação traz algumas demandas diferentes das que estavam na mesa de negociação até agora.

“Nós vamos entrar com o dissídio para haver julgamento da legalidade da greve ainda hoje [quarta-feira]. Vamos pedir o aumento da inflação e um ganho real de 5%. Queremos vale-alimentação de R$ 20 e o pagamento dos dias parados devido à greve”, relatou o presidente do sindicato dos vigilantes, João Soares.

Em reuniões mediadas pelo Ministério do Trabalho, o Sindicato das Empresas de Vigilância Privada (Sindesp) aceitou pagar o reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (6,2%) em três parcelas. O fato causou divergência entre os vigilantes do interior – que voltaram ao trabalho já na segunda-feira (4) – e os da capital, que decidiram manter a greve.

Outra demanda aceita pelos patrões é o aumento do pagamento do adicional de periculosidade de 15,5% – valor atual da remuneração extra no Paraná – para 30%, quantia prevista em Lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff no último mês de dezembro. O Sindesp também sinaliza aumento no vale-alimentação, com base no INPC.

Outro lado

Em nota, divulgada no fim da tarde desta terça-feira (5), o Sindesp informou que "o movimento grevista está limitado a Curitiba - e particularizado em agências bancárias do centro -, sendo que todas as demais regiões do estado estão em absoluta normalidade, com todos os postos de serviços funcionando regularmente."

 

Fonte: Portal Gazeta do Povo