Empregados da limpeza pública prometem greve a partir de terça
Cavo tem até a próxima segunda-feira para apresentar uma contraproposta de reajuste à categoria, que promete cruzar os braços no caso de a empresa não aumentar o reajuste em 2013
Os empregados que fazem a limpeza pública de Curitiba aprovaram, em assembleia, nesta quinta-feira (21), um indicativo de greve na capital paranaense. Se uma nova proposta não for apresentada pela Cavo (empresa responsável pela limpeza pública da capital), os coletores de lixo (orgânico e reciclável) e os varredores de rua prometem uma paralisação nos serviços a partir da próxima terça-feira (26).
A sinalização de que pode haver paralisação ocorreu depois que os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste salarial feita pela Cavo (empresa responsável pela limpeza pública da cidade). A empresa sinalizou para a concessão de um reajuste de 8% no salário e 9% nos vales (alimentação e refeição). Os trabalhadores, no entanto, pedem 20% de aumento na folha de pagamento e 30% nos tickets.
A assembleia dos empregados foi realizada em três etapas durante esta quinta-feira (21), em Curitiba, com a participação de pouco mais de mil pessoas. A primeira, às 7 horas, contou com a participação de 600 pessoas. A segunda, às 14 horas, teve registro de 400 empregados e a última, às 16 horas, contou com 150 votantes. A estimativa é do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco).
De acordo com o presidente do sindicato que representa os funcionários, Manassés de Oliveira, em todas as votações houve unanimidade para a reprovação da proposta da Cavo. “Não está descartada a realização de novas assembleias no caso de a Cavo fazer novas propostas. Agora vamos esperar para que a empresa entre em contato para retomar essa negociação”, diz Oliveira.
Outro lado
A Cavo, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que está em constante negociação com os trabalhadores e que espera bom senso nas mesas de discussão. O órgão não adiantou se existe a possibilidade de uma contraproposta para evitar a paralisação, mas disse que as conversas com os empregados ocorrem para que seja apresentada a realidade da empresa atualmente.
A prefeitura de Curitiba, também por meio da assessoria, relatou que por enquanto está acompanhando as negociações entre os funcionários e a empresa e que não vai se pronunciar oficialmente enquanto não houver uma definição sobre o assunto.
Fonte: Gazeta do Povo