CPI da Urbs começa os trabalhos amanhã

A reunião de instalação da CPI da Urbs já tem data marcada. Ela será realizada amanhã, na Câmara de Curitiba, às 11h. Na sessão de ontem, os vereadores terminaram o texto final do requerimento que cria a CPI e protocolaram o pedido com a Mesa Executiva da Casa. Ao longo do dia de hoje, os partidos devem formalizar suas indicações. De 13 partidos e blocos com vaga na CPI, dez já confirmaram seus representantes.

Pelo menos dois nomes já estão sendo cotados para assumir a presidência da CPI. Vereadores considerados do “núcleo duro” de apoio ao prefeito Gustavo Fruet (PDT) trabalham para a eleição de Jorge Bernardi (PDT). Já outros, liderados pelo vereador Pastor Valdemir (PRB), indicam Rogério Campos (PSC) como um possível postulante. Valdemir, Professora Josete (PT) e Paulo Rink (PPS) são cogitados para assumir a relatoria – o último ainda não foi confirmado como membro da CPI por seu partido.


Na sessão de ontem, os vereadores fizeram mudanças ao texto apresentado na terça-feira pelo vereador José Carlos Chicarelli (PSDC). Em acordo de lideranças, o pedido foi deixado mais abrangente. Não haverá uma limitação no período investigado e a finalidade CPI foi ampliada. Além da fiscalização do recolhimento do ISS pelas empresas, serão investigados também o processo licitatório e indícios de irregularidades nas planilhas, nos contratos de concessão e no Fundo de Urbanização de Curitiba, entre outras coisas.Alteração

 

Além disso, o número de vereadores foi aumentado de nove para 13 titulares e 13 suplentes. Essa medida foi tomada para permitir a representação de todos os blocos partidários da Casa. O prazo foi reduzido para 90 dias – no requerimento original, eram 120. Segundo Salamuni, a CPI deve funcionar mesmo durante o recesso parlamentar, que começa na semana que vem.

Autonomia

Apesar de ser, em tese, alvo das investigações, a prefeitura deve dar um “apoio branco” à CPI. Segundo o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), a administração municipal entende que deve dar “autonomia” aos vereadores. Ele reforça, também, que o prefeito já está fazendo sua parte, como a realização de uma auditoria nas contas da Urbs, iniciada há um mês, e a instalação de uma comissão para a análise das tarifas, que deve encerrar seus trabalhos hoje.

Nos bastidores, a leitura é de que os maiores prejudicados politicamente com a CPI seriam as gestões anteriores, em especial a do atual governador Beto Richa (PSDB). Foi na sua gestão, em 2010, que a licitação do transporte coletivo foi realizada – processo que consta com “indícios de irregularidade” no requerimento da CPI.

Fonte: Gazeta do Povo