Grande mídia destaca audiência do Sindimoc e Setransp no Ministério do Trabalho

Motoristas e cobradores ameaçam entrar em greve se 13º salário for parcelado

Motoristas e cobradores ameaçam uma greve por causa do parcelamento do 13° salário. Uma reunião estava marcada para terça (17) no Ministério Público do Trabalho, mas foi adiada para quarta-feira (18). Prefeitura e sindicato discordam sobre o assunto. O Setransp, que representa as empresas de ônibus, afirma que passa por dificuldades financeiras e buscam empréstimos para pagar o 13º. Eles reclamam que o poder público não vem cumprindo o contrato. A prefeitura informou que os repasses estão em dia e não há motivo para a paralisação. O Sindimoc, sindicato que representa os trabalhadores aguarda que o benefício seja garantido para descartar a greve.

Band News

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Diante de ameaça de greve, Prefeitura garante que repasses para empresas de transporte estão em dia

iante de uma ameaça de greve de motoristas e cobradores de ônibus que temem o parcelamento do 13° salário, a Prefeitura de Curitiba soltou uma nota no início da tarde desta terça-feira (17) garantindo que todos os contratos com as empresas do transporte estão em dia, diferentemente do que alega o Setransp (Sindicato das Empresas de Transporte Público de Curitiba e RMC).

Uma reunião estava marcada para acontecer na tarde desta terça-feira (17) na sede do Ministério Público do Trabalho para esclarecer os pontos entre o Sindimoc (Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região), Setransp e URBS, mas foi adiada pela ausência do sindicato patronal. A nova mesa deve acontecer na tarde desta quarta-feira (18).

Na nota, a Setransp alega que as empresas de ônibus continuam em dificuldades financeiras pelo não cumprimento do contrato por parte do poder público. No entanto estão buscando soluções para o pagamento de seus compromissos inclusive com empréstimos no sistema financeiro. “As empresas de transporte publico  continuam reafirmando que  o não cumprimento do contrato por parte do poder publico  traz dificuldades no   aporte de recursos no tempo previsto  que é fundamental para saldar seus compromissos”, afirma.

Por sua vez, a Prefeitura de Curitiba garante que todos os repasses previstos em contrato para as empresas que operam a Rede Integrada de Transporte (RIT) estão rigorosamente em dia. Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura de Curitiba informa que estão rigorosamente em dia todos os repasses previstos em contrato para as empresas que operam a Rede Integrada de Transporte (RIT).

Ao contrário do que afirma o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Curitiba (Setransp), todas as obrigações contratuais da Urbs com as empresas estão sendo cumpridas.

As empresas, que agora alegam não ter recursos para honrar o pagamento do 13º salário de motoristas e cobradores, receberam ao longo deste ano mais de R$ 20 milhões somente para este fim – o chamado provisionamento, que está embutido na tarifa. Cabe às empresas informar no que aplicaram os recursos que deveriam estar reservados ao pagamento dos trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho (MPT) já foi acionado para acompanhar o caso.

De acordo com cálculos do próprio Setransp, a segunda parcela do 13º terá um custo de R$ 9.073.000,00. Em ofício protocolado nesta terça-feira (17), o sindicato projeta um gasto das empresas superior a R$ 55 milhões apenas nos próximos 30 dias.

A licitação de 2009 – realizada para dar equilíbrio ao sistema – foi legitimada pelas próprias empresas, que foram as únicas participantes e vencedoras do certame.

A Prefeitura de Curitiba reitera que qualquer paralisação do sistema implicará em descumprimento das normas contratuais. É importante que as empresas estejam cientes das implicações desta atitude, inclusive em relação aos inevitáveis danos aos mais de 2,3 milhões de usuários que dependem da RIT.

No intuito de defender os direitos dos trabalhadores e assegurar o pleno funcionamento do sistema, a Prefeitura oficiou o Governo do Estado no último dia 11 para que seja efetuado o pagamento de parcelas em atraso do subsídio para manutenção da Rede Integrada de Transporte (RIT).

O Governo do Estado assumiu o compromisso de pagar, até o final de dezembro, a parcela de novembro – vencida desde o último dia 10.

Os constantes atrasos nos pagamentos têm gerado intranquilidade para o sistema.

Por fim, a Prefeitura de Curitiba novamente apela ao Estado para que licite e assuma o transporte metropolitano, que é de sua responsabilidade. Desta forma, Curitiba abre mão de qualquer subsídio.

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