Motoristas e cobradores aprovam indicativo de greve para segunda-feira
Categoria se reuniu na madrugada de hoje para definir o indicativo. Foto: Colaboração. |
Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba aprovaram, na madrugada desta sexta-feira (20), indicativo de greve para segunda-feira (23). Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradore de Ônibus de Curitiba e região (Sindimoc), a categoria afirma que se o pagamento do vale salarial sofrer novo atraso, motoristas e cobradores das empresas com pagamentos atrasados entrarão em greve na segunda-feira.
Aproximadamente 350 linhas podem ser afetadas. As assembleias ocorreram nas viações Glória, Sorriso, Redentor, Marechal Matriz, Tamandaré Matriz, CCD, São José Filial, Araucária Matriz, Leblon, Araucária Filial e Tamandaré Filial, empresas em que o problema de atraso de salários e vales tem sido frequente.
O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, afirma que a vontade da categoria é receber seu salário em dia, e não ter que fazer greve. “Já tentamos por todas as vias. Falando com as empresas, por via judicial, manifestações... Mas as empresas continuam descumprindo o que foi determinado no TRT este ano. Então não nos resta mais opção, ou as empresas pagam seus trabalhadores em dia, ou entramos em greve”, assegura.
O Sindicato informará após o final do expediente bancário funcionários de quais empresas não receberam pagamento. Greve pode atingir todas as áreas de Curitiba e as cidades de São José dos Pinhais, Araucária, Campo Largo, Fazenda Rio Grande, Contenda, Piraquara, Almirante Tamandaré e Pinhais.
O outro lado
Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) afirmou que recebeu com surpresa a notícia do indicativo de greve “preventivo”.
O Setransp informa que suas filiadas estão fazendo todo o esforço possível, recorrendo inclusive a empréstimos bancários, para cumprir integralmente com suas obrigações.
Ainda, o Setransp refuta veementemente a acusação de que existe rodízio entre suas filiadas para atrasar o pagamento do vale. Toda essa situação é só mais um reflexo, entre tantos outros, das dificuldades por que passam as empresas de ônibus em um sistema que corre risco de colapso.