Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba podem entrar em greve na segunda-feira

Sindimoc
 
Assembleias de trabalhadores foram realizadas na frente de diversas empresas.
Assembleias de trabalhadores foram realizadas na frente de diversas empresas.

Cerca de sete mil motoristas e cobradores de 13 empresas do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana aprovaram em assembleias, no início da manhã desta sexta-feira (20), indicativo de greve.

Segundo a categoria, se o pagamento do vale salarial, que deve acontecer todo dia 20, sofrer novo atraso, motoristas e cobradores das empresas com pagamentos atrasados cruzarão os braços na segunda-feira (23). Aproximadamente 350 linhas podem ser afetadas. 

“Já tentamos por todas as vias. Falando com as empresas, por via judicial, manifestações… Mas as empresas continuam descumprindo o que foi determinado no TRT este ano. Então não nos resta mais opção, ou as empresas pagam seus trabalhadores em dia, ou entramos em greve”, diz o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (SINDIMOC), Anderson Teixeira.

De acordo com o sindicato, a paralisação pode atingir todas as áreas de Curitiba e as cidades de São José dos Pinhais, Araucária, Campo Largo, Fazenda Rio Grande, Contenda, Piraquara, Almirante Tamandaré e Pinhais.

No final da manhã, o  Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) emitiu uma nota se dizendo surpreso com o indicativo de greve. Confira na íntegra:

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) recebeu com surpresa a notícia de que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) aprovou nesta sexta-feira (20) um indicativo de greve “preventivo” – por eventual atraso no pagamento do vale –, embora ainda não tenha sido oficialmente notificado.

O Setransp informa que suas filiadas estão fazendo todo o esforço possível, recorrendo inclusive a empréstimos bancários, para cumprir integralmente com suas obrigações.

Ainda, o Setransp refuta veementemente a acusação de que existe rodízio entre suas filiadas para atrasar o pagamento do vale. Toda essa situação é só mais um reflexo, entre tantos outros, das dificuldades por que passam as empresas de ônibus em um sistema que corre risco de colapso.

RICMAIS