Urbs afirma que operação de ônibus está “praticamente” normalizada

Com atraso no pagamento de vales, veículos da empresa Araucária Transportes Coletivo Filial não saíram das garagens na manhã desta segunda-feira (23)

Após três horas de protesto, a Urbanização de Curitiba (Urbs) afirmou que a operação das linhas da empresa Araucária Transporte Coletivo Filial foi praticamente normalizada por volta das 8h30 desta segunda-feira. Os trabalhadores dessa viação cruzaram os braços início da manhã porque a empresa não pagou os 40% de adiantamento salarial referente a novembro. O “vale” deve ser depositado todo dia 20. A viação afirma que deverá realizar o depósito até o final do dia.

Segundo a Urbs, o protesto ainda afeta os alimentadores operados por essa empresa -- como as linhas Vila Sandra, Detran-Vicente Machado e Vila Verde. A empresa informou, porém, que a linha Centenário/Campo Comprido acabou não sofrendo atrasos consideráveis por ser operada também por outras viações.

Das 11 viações que operam na capital, a Araucária Filial e a Matriz -- que são do mesmos proprietários -- são as únicas que ainda não conseguiram depositar o adiantamento salarial do mês. O indicativo de greve foi aberto para todas as empresas, mas as demais conseguiram fazer os depósitos no prazo ou no fim de semana. O Setransp ainda não informou o novo prazo previsto para a viação inadimplente.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) informou que os veículos devem permanecer impedidos de circular até que a empresa pague o vale dos funcionários. Conforme a entidade, a Araucária opera atualmente 93 “tabelas”, ou seja, 93 veículos. Ao todo, segundo a entidade, cerca de 800 trabalhadores não receberam o adiantamento salarial previsto para última sexta. Metade cruzou os braços, mantendo 50% da frota das empresas operando.

Ao contrário dos meses anteriores (setembro e outubro), o indicativo de greve da última sexta foi aprovado de maneira “preventiva”, antes mesmo do fim do prazo fixado para o pagamento dos vales, que para a categoria de motorista chega a ser de até R$800.

De acordo com o vereador Rogério Campos (PSC), que também é diretor do sindicato de motoristas e cobradores, parte dos funcionários da Araucária permanece junto com representantes da entidade desde as 4 horas desta segunda em frente à garagem da empresa. Eles impedem a saída dos veículos operados pela Araucária Transportes Coletivo Filial. Apenas os veículos da Expresso Azul, que ficam estacionados no mesmo pátio, estão tendo as saídas permitidas.

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) disse que está apurando as causas do atraso salarial e irá se manifestar em breve sobre uma possível previsão para a regularização dos pagamentos e também sobre a normalização dos pagamentos.

VIA GAZETA DO POVO