Nova reunião tenta evitar greve de ônibus de Curitiba
Sindicato, empresas e Urbs procuram um acordo
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), representantes das empresas e da Urbs, autarquia que cuida do sistema, voltam a se reunir nesta sexta-feira (4), na sede do Ministério Público do Trabalho, na capital paranaense.
Na pauta do encontro está o pagamento dos salários dos trabalhadores, que deve ser feito até segunda-feira (7), quinto dia útil deste mês.
O impasse sobre o tema já gerou discussões e uma paralisação por algumas horas, nesta semana. Na terça-feira (1º), os trabalhadores de seis empresas de ônibus decidiram cruzar os braços, por não terem recebido a primeira parcela do 13º salário e o adiantamento salarial, conhecido como “vale”. A greve começou por volta das 4h30 e se encerrou às 10h30, quando o pagamento foi feito.
As empresas de ônibus alegam que estão com dificuldades financeiras para quitar os pagamentos. No dia 26 de novembro, o sindicato que as representa enviou um ofício ao Sindimoc e à Urbs, alegando que poderia demitir até 2 mil trabalhadores nos próximos meses, para conseguir honrar os compromissos salariais.
Na segunda-feira (30), houve a primeira reunião entre as partes, para tratar da questão do 13º salário. Ficou acertado que essa nova reunião traçaria um plano para resolver os pagamentos das próximas semanas.
O Sindimoc ameaça fazer um novo indicativo de greve, caso não haja consenso na reunião. A entidade informou que entrou com um pedido de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, na quinta-feira (3), para tentar resolver a questão. O sindicato pediu à Justiça que aplique multa diária de R$ 1 milhão às empresas que atrasarem os salários.