Audiência no TRT pode evitar mais uma greve de ônibus em Curitiba
Audiência no TRT pode evitar mais uma greve de ônibus em Curitiba
18/01/16 às 15:17 - Atualizado às 15:44 Redação Bem Paraná
Na semana passada uma greve de três dias afetou quase a totalidade das linhas de ônibus de Curitiba. A greve foi deflagrada por causa do atraso no pagamento dos salários de dezembro de motoristas e cobradores. Uma reunião nesta terça-feira (19) no Tribunal Regional do Trabalho em Curitiba vai definir o futuro do imbróglio no transporte coletivo da capital. Na audiência estarão presentes Urbs, Sindimoc (que representa os trabalhadores) e o Setransp (Que representa as empresas).
Na reunião desta terça, serão discutidas alternativas para que não haja prejuízo no pagamento da parcela referente ao adiantamento salarial dos trabalhadores, previsto para o dia 20 de janeiro, e com isso evitar nova paralisação.
Ainda serão discutidas outras questões pendentes, entre as quais as multas a serem aplicadas ao SINDIMOC e ao SETRANSP, pelo descumprimento de cláusulas de acordo firmado em dezembro perante a Justiça do Trabalho. O acordo era que as empresas não atrasariam os salários, ou então pagariam multa por cada trabalhador e dia de atraso. O Sindimoc deveria, em caso de paralisação, manter a frota mínima — 30% dos veículos circulando em horário normal e 50% nos horários de pico. Essa frota mínima não foi colocada para rodar no primeiro dia de greve na semana passada.
FOLHETO
Circulou nas redes sociais uma foto de um folheto fixado em um ponto de ônibus que dizia que uma nova greve de motoristas e cobradores iria começar nesta segunda-feira (18). O Sindimoc afirmou que o cartaz era falso, e que o sindicato não era responsável pelo folheto e nem pelo seu conteúdo. Nesta segunda-feira, o Sindimoc prestou uma queixa-crime na Delegacia Especializada de Investigações de Crimes Cibernéticos (Cibercrimes), da Polícia Civil.
O sindicato solicitou uma investigação e responsabilização dos autores de documento falsificado que anunciava uma suposta greve para esta segunda-feira. O material se espalhou rapidamente pelas redes sociais e Whats App. "A prática criminosa de espalhar falsa informação pela Internet, nesse caso, foi agravada com crime de falsidade ideológica, artigo 299 do Código Penal: o falso documento se fazia parecer assinado pelo presidente do Sindicato, Anderson Teixeira", diz nota no site do Sindicato.