Transporte público de Curitiba registra dois arrastões por dia no primeiro semestre de 2019

Levantamento foi divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná, que registrou 373 roubos em coletivos da capital

O transporte público de Curitiba registrou, somente nos primeiros seis meses deste ano, 373 ‘arrastões’ em ônibus e terminais da capital paranaense. Apesar de representar uma queda de 38,4% no número de roubos em coletivos, em comparação com o mesmo período de 2018 (606 roubos), os curitibanos ainda convivem com uma média de dois assaltos por dia no sistema. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná.

O Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana) não contesta esses números, mas alega que o número ainda continua alto, e salienta que o roubo de pertences dos passageiros tem ultrapassado o ‘roubo tradicional’, quando o assaltante leva o dinheiro das gavetas dos cobradores.

“A modalidade do arrastão tem sido a maior preferência dos criminosos, uma vez que o valor dos bens dos passageiros, invariavelmente, supera em muito os valores nas registradoras. Há casos de arrastões em que o criminoso sequer chega no cobrador, fixando-se apenas em joias, celulares e demais pertences dos usuários do coletivo”, escreve o Sindicato em nota enviada à Banda B.

Operações
O Diretor da Guarda Municipal de Curitiba, Odgar Nunes Cardoso, afirma que extensas medidas tem sido realizadas pela corporação para coibir a ação dos ladrões. “Fizemos várias operações, desde janeiro até agora, nos eixos com mais roubos dentro de ônibus, em sua maioria de furtos de carteira e celular”, explicou em entrevista à Banda B.

Odgar também exemplificou como funcionam essas revistas. “Estamos definindo algumas linhas prioritárias. Levamos nossas equipes com cães e realizamos abordagens, parando o ônibus por alguns minutos, fazendo um trabalho preventivo, para a segurança da população e isso tem dado retorno”, contou à reportagem.

Prevenção
A Guarda Municipal pede ajuda à população não apenas para situações de arrastão, mas também para que casos como o da adolescente que foi abusada por um funcionário público, no interior da linha de ônibus Vila Sandra, em Curitiba, no começo do mês, não se repitam. “É muito importante o envolvimento da população, pois a Guarda e a PM não estão em todos os lugares. Pedimos que liguem para o 153 ou até para o 190 para que mandemos uma viatura ou moto para o local da ocorrência”, acrescentou.

 

Fonte: Banda B