Motoristas e cobradores de ônibus coletivos entram em greve em BH
Os rodoviários de Belo Horizonte recusaram a proposta patronal e entraram em greve nesta segunda-feira (12). O sindicato da categoria informou que 30% da frota de coletivos estão atendendo aos usuários, como determina a lei. Motoristas, cobradores e despachante reivindicam 20% de reajuste, mas os patrões propõem aumento de 6%. De acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), 1,6 milhão de passageiros dependem, diariamente, dos coletivos em Belo Horizonte, mas a empresa ainda não soube informar quantas pessoas foram prejudicadas pela greve.
Segundo a Polícia Militar (PM), por causa da greve, um ônibus foi apedrejado na Rua Itajubá, no bairro Floresta, na Região Leste da capital. O motorista ficou levemente ferido.
A greve atinge as estações de embarque e desembarque de passageiros. Na Estação Venda Nova, há uma movimentação de 53 mil passageiros por dia, em 18 linhas. Na Diamante, 51 usuários são atendidos em 13 linhas, e, no Barreiro, 100 mil pessoas utilizam 25 linhas.
Ainda segundo a BHTrans, a cidade conta com uma frota de 3.010 ônibus e 296 linhas. Prevendo problemas no trânsito, a BHTrans informou que foi montado um plano de contingência com operações especiais para minimizar os impactos causados pela greve.
Negociação
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), nesta semana, foi apresentada proposta de reajuste salarial de 13% mais participação nos lucros para cobradores e motoristas, além de reajuste de 9% para empregados da área administrativa. Segundo a entidade, o acordo entre patrões e rodoviários não foi firmado. Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) ofereceu rejuste de 13% condicionado ao aumento da carga horária diária de seis horas e 40 minutos para sete horas. Por meio da assessoria de imprensa, a entidade informou que está surpresa com o decreto de greve, mas que continua aberta às negociações.
Fonte: G1