No meio da canaleta, muitos buracos

Ao longo da linha Santa Cândida-Capão Raso motoristas têm de enfrentar ondulações e fendas que tornam o trajeto perigoso para todos

 

Buraco é obstáculo na frente do Colégio Estadual do ParanáOs mesmos problemas enfrentados por motoristas de automóveis nas ruas de Curitiba, com os buracos nas pistas, são encontrados também pelos usuários dos biarticulados que trafegam pelas canaletas (corredores exclusivos). Há pontos em que, além das depressões, formaram-se algumas lombadas, o que pode tornar o trajeto perigoso.

Usuários da linha Santa Cândida-Capão Raso reclamam da quantidade de buracos em alguns pontos da canaleta utilizada pelo biarticulado. Na Avenida João Gualberto, sentido bairro-centro, um pouco antes do Colégio Estadual do Paraná, por exemplo, há uma fenda de tamanho considerável. O mesmo se repete no trecho entre as avenidas Iguaçu e Silva Jardim, nas proximidades da Praça do Japão, e entre as ruas 24 de maio e Alferes Poli, no Centro. Mas a situação da via deve melhorar nos próximos meses, segundo a Urbanização de Curitiba (URBS), com as obras do Ligeirão Norte que já estão em andamento desde o início de abril e devem durar até fevereiro/março de 2013.

 

“Uma freada brusca, para tentar evitar entrar em um buraco, pode machucar alguém no interior do veículo.”

Anderson Teixeira, presidente do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana.

Para verificar se esse não seria um problema exclusivo da linha Santa Cândida-Capão Raso, a reportagem da Gazeta do Povo fez o percurso em outras canaletas, e percebeu que há vários remendos de asfalto ao longo do caminho. Sinal de que a situação da pista já esteve pior. No bairro Alto Boqueirão, na região da estação tubo Nova Europa, perto da Rua Pastor Antônio Polito, a situação também é crítica. Este é um trecho onde, além de profundos, as fendas são extensas. Por ali passa a linha Circular Sul.

O Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), diz que uma pista mal conservada requer mais atenção do motorista, o que faz aumentar o estresse. Além de levar ao motorista mais preocupação com relação à segurança do passageiro: “Uma freada brusca, para tentar evitar entrar em um buraco, pode machucar alguém no interior do veículo”, explica Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc.

Já para as empresas de ônibus, o transtorno vem em forma de reparos e da manutenção dos veículos. Gelson Forlin, diretor operacional da Transporte Coletivo Glória, conta que os buracos são mais frequentes perto dos tubos, onde os ônibus freiam, e que o asfalto ruim acaba com pneus e eixos. “As placas de concreto existentes perto dos tubos ajudam, mas os biarticulados foram feitos para andar em pistas com boas condições”, diz. A Transporte Coletivo Glória trabalha com os ônibus da linha Santa Cândida-Capão Raso.

Recuperação

A Urbanização de Curi­tiba (URBS), empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade, informa que a recuperação das canaletas está no projeto de revitalização da malha viária da cidade, que deve ser concluida até o fim do ano. “Em alguns lugares já foi feita a fresagem no asfalto, que é quando se retira o pavimento antigo para colocar outro novo”, explicou a assessoria de imprensa da empresa.

Além dos motoristas de ônibus, os passageiros também podem identificar os pontos em que há a necessidade de restauração da pista e informar à prefeitura pelo telefone 156.

Fonte: Gazeta do Povo