Sindimoc reclama de parcelamento do 13º salário e promete manifestações

Sindicato dos motoristas e cobradores reclama que empresas de ônibus querem dividir 13º em quatro parcelas. Assembleia a partir de sexta (30) deve definir o tipo de manifestação que será feita caso proposta se concretize

 

O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc), Anderson Teixeira, foi à Câmara Municipal nesta quarta-feira (28) reclamar da forma como as empresas de ônibus querem pagar o 13º salário aos funcionários do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana. Segundo o líder da entidade, a proposta apresentada aos trabalhadores dos ônibus é de dividir em quatro vezes a remuneração do salário adicional

O prazo para o pagamento da primeira parte do 13º – de duas parcelas previstas em lei - termina nesta sexta-feira (30). Segundo Teixeira, em conversas com as empresas de ônibus da capital, a proposta foi pagar apenas 25% dos salários neste prazo - ao invés dos 50%.


O Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) confirma a realização da mediação da negociação entre funcionários do transporte coletivo de Curitiba e as empresas de ônibus. Nesta terça-feira (27), uma reunião foi feita e há outra marcada para o próximo dia 30, às 14 horas.As outras parcelas seriam pagas mensalmente no dia 15 de cada mês até fevereiro.

Manifestações

No caso de o pagamento ocorrer em quatro vezes, a categoria ameaça que nos próximos dias podem ocorrer manifestações e até paralisações no sistema de transporte coletivo.

“Nesse momento estamos tentando obter a comoção pública e também daqueles que podem resolver este problema. Queremos evitar paralisações, porque se a proposta apresentada por eles [empresas de ônibus] se concretizar [de pagar o 13º em quatro vezes], vamos convocar uma assembleia já para este dia 30”, disse.

O presidente do sindicato afirmou que nenhum tipo de manifestação está descartado, inclusive há possibilidade de haver paralisação total. “Esse é o último passo, depende da deliberação que houve em assembleia. A votação vai definir se haverá paralisação total, mas pode ser que seja decidido parar 30%, fazer operação tartaruga, operação catraca livre. Com certeza o que impacto maior é uma paralisação total”, afirmou Teixeira.

Outros atrasos

Segundo Teixeira, durante os últimos dois meses, outros atrasos já tinham sido registrados no pagamento de adiantamentos e de vales-alimentação. O sindicato relata que houve uma reunião no Ministério do Trabalho e Emprego da qual participaram representantes das empresas. O problema desses atrasos foi resolvido, segundo Teixeira, antes do impasse envolvendo o 13º salário.

Outro lado

A Urbanização de Curitiba S.A.(Urbs), por meio da assessoria de imprensa, disse que está rigorosamente em dia com o pagamento às empresas de ônibus. O órgão declarou ainda que vai se posicionar de maneira firme no caso de haver atrasos nos pagamentos.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) esclareceu que, por conta de decisões equivocadas por parte da administração pública, as empresas de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana estão sofrendo um desequilíbrio econômico financeiro em seus contratos.

O sindicato ainda afirmou que diante da situação, a “a alternativa é buscar um acordo na esfera judicial para que os colaboradores não sejam prejudicados” e que “acredita na mediação do conflito e em uma solução negociada com bom senso”.

Fonte: Gazeta do Povo