Paralisação de funcionários sem salário vai prejudicar 45 linhas de ônibus
Trabalhadores da CCD Transporte Coletivo aprovaram em assembléia, na noite de ontem, o indicativo de greve, e marcaram nova reunião às 20h de sexta-feira, para confirmar a paralisação a partir da meia-noite, caso os salários atrasados não sejam pagos até lá.
Segundo Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), durante a tarde, o advogado da empresa, disse ter conseguido uma linha de crédito e agendou o pagamento para sexta-feira. “Além do salário queremos outros benefícios como o vale-refeição e anuênios que não foram pagos. Esperamos que isso aconteça, afinal, o trabalhador não tem que ficar se preocupando com outras coisas além de cumprir a sua missão diária. caso isso não aconteça, vamos parar”, enfatizou o presidente.
Exigências
A reivindicação dos trabalhadores é pelo pagamento dos salários de dezembro. São 1.076 empregados da CCD, 900 deles motoristas e cobradores que ainda não tiveram seus vencimentos completamente quitados, o que representa 10% do efetivo total. De acordo com os funcionários, a paralisação vai prejudicar 45 linhas da Rede Integrada de Transportes. Entre estas, as principais são as rotas Centenário, Centenário-Campo Comprido, Pinhais, Autódromo, Mercúrio, Boqueirão, Interbairros 2 e 3.
O advogado da CCD, Carlos Alberto Farracha de Castro, o sindicato e o Ministério do Trabalho foram avisados que neste mês as empresas de porte menor teriam problemas. O alerta teria sido dado no mês passado, quando foi feito acordo para o pagamento do 13.º salário, com parcelamento em quatro vezes. Na época, as empresas teriam informado das dificuldades enfrentadas desde que investiram na frota.