Motoristas e cobradores querem reajuste de 30% e não descartam greve em fevereiro
A reivindicação foi de 30% de reajuste salarial e 100% no valor do cartão alimentação |
Motoristas e cobradores do transporte público de Curitiba e região se reuniram em três etapas nesta quinta-feira (24) na Praça Rui Barbosa, no centro da cidade. Cerca de 700 trabalhadores estiveram no local para definir os índices que as categorias vão pedir nas negociações com a classe patronal. Neste primeiro encontro a reivindicação foi de 30% de reajuste salarial e 100% no valor do cartão alimentação.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Transporte Público de Curitiba e Região (Sindimoc), Dino César, esta pauta será entregue às empresas na segunda-feira (28). “Eles vão estudar nosso pedido e vão fazer uma contraproposta e daí sim efetivamente começamos a negociar”, disse em entrevista à Banda B. O salário base do motorista é de R$ 1.503 e o de cobrador R$ 845. hoje, o cartão alimentação é de R$ 200 por mês. “Também estamos reivindicando um abono de no mínimo um salário mínimo”, descreve Dino César.
O primeiro encontro aconteceu de manhã. Já no período da tarde, segundo o vice-presidente, 500 motoristas e cobradores participaram do segundo encontro também no centro da cidade. Nos dois encontros a categoria concordou com o reajuste. Às 20 horas, o Sindimoc também teve opinião unânime da categoria. A data base fixada pelos trabalhadores é dia 1º de fevereiro. O Sindimoc não descarta a possibilidade de greve em fevereiro.
Greve
Em fevereiro do ano passado motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e região metropolitana cruzaram os braços por dois dias na cidade. Depois de negociações e assembléias entre a classe patronal e o sindicato, a categoria teve reajuste de 10,5% no salário, R$ 200 de vale refeição, além de um abono único de R$ 300 no salário de junho. Os ônibus voltaram a rodar no final da tarde do dia 15 de fevereiro, no entanto, somente foi normalizado um dia depois.