12 mil motoristas e cobradores paralisam contra o fim da Aposentadoria
Desde a madrugada, o transporte coletivo na Grande Curitiba está parado. O Sindimoc realizou atos nas 29 garagens pela campanha Todos contra o fim da Aposentadoria. Total de 12 mil motoristas e cobradores se mobilizaram, com adesão total ao movimento.
Em ato conjunto, 32 mil metalúrgicos, motoristas e cobradores protestaram contra o fim da Aposentadoria, em frente a Volvo e a CNH (New Holland). Todos são ligados à Força Sindical.
Transporte não deve voltar
A partir de quinta-feira (16) começa a greve geral da categoria, por tempo indeterminado, pela Campanha Salarial 2017.
Os empresários ofereceram reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) aos salários e demais benefícios, de forma linear, o que representaria 5,43% de reajuste.
A proposta oferecida em reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Paraná (SRTE) foi recusada pelo presidente Anderson Teixeira, por ser muito abaixo da expectativa dos trabalhadores.
“Conto agora, com o apoio de toda nossa categoria, para se unir e se mobilizar por condições mais justas de trabalho”, declara Teixeira. “A hora é de união: como vem ocorrendo desde 2011, quando passamos a ter um sindicato combativo, é a capacidade de organização e luta da categoria que vai fazer a diferença”, completa.
A paralisação é legal
A Associação Comercial do Paraná (ACP) pediu liminar proibindo a greve de motoristas e cobradores em Curitiba e região metropolitana, mas obteve negativa. A paralisação foi considerada legal pelo Tribunal Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT9).
Frota mínima
A Urbanização de Curitiba Sociedade Anônima (URBS S/A), empresa que gerencia o transporte em Curitiba, desejava frota mínima de 80%. Os trabalhadores consideraram alta e estão na expectativa de uma nova proposta.
Todos contra o fim da Aposentadoria
Os trabalhadores do transporte em Curitiba e Região Metropolitana são contra as reformas previstas pelo governo federal para a Previdência. A adesão à campanha veio após aprovação em assembleias ao longo da semana passada, com aprovação do indicativo por unanimidade.
Também entram em greve por tempo indeterminado 75 mil educadores da educação básica estadual, policiais civis, servidores da saúde, professores e servidores públicos municipais, dentre outras áreas das administrações municipal e estadual.
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