Carta do presidente

A manutenção do cargo dos cobradores 
 
O fim da função dos cobradores vem sendo discutido em nossas negociações salariais já há cerca de cinco anos. Nós, do Sindimoc, sempre alertamos a categoria sobre a insistências do sindicato patronal, URBS e COMEC pela retirada dos postos de trabalho dos cobradores.
 
Como todos vocês viram, esta negociação de 2017 foi ainda mais pesada e com objetivos bem traçados, por parte deles, com relação aos cobradores e ao anuênio. 
 
A alegação dos patrões é que com a implantação da bilhetagem, reduziria o custo do sistema. Eles afirmam que ia possibilitar uma tarifa mais barata. Vocês acreditam nisso? Nós não. 
 
Afirmam que fariam a recolocação dos funcionários em outras funções dentro da empresa. Vocês acreditam nisso? Nós não.  
 
Somos totalmente contra a retirada do cobrador. E nosso argumento é baseado em um estudo feito em 40 cidades onde os cobradores foram retirados. Em nenhuma delas a população viu redução de tarifa. 
 
Mas a luta pela manutenção dos cobradores vai muito além disso. Lutamos, principalmente, porque não podemos deixar pais e mães perderem seu trabalho, a fonte de renda de famílias inteiras.
 
Na negociação salarial deste ano, conseguimos o compromisso que este ano não tenham mudanças no sistema com corte dos postos de trabalho de cobradores. Mas, ano que vem, é nova negociação e nova briga dos trabalhadores contra a ganância desenfreada. É o dinheiro passando por cima da dignidade humana.
 
Por isso, conto com o apoio de todos vocês, amigos motoristas e cobradores. E não só para lutar pela manutenção dos cobradores, que é de suma importância, mas também para todas as nossas lutas como trabalhadores. As reformas propostas na Previdência Social e a Lei de Terceirização vão precarizar, e muito, o trabalho de todos. Vamos lutar pelos nossos direitos!
 
Anderson Teixeira
Presidente do Sindimoc