Sindimoc manifesta preocupação com ciclistas e pedestres nas canaletas

Em menos de um mês, foram duas mortes causadas pelo uso indevido da via destinada aos ônibus

O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, concedeu entrevista ao Balanço Geral para falar sobre os acidentes envolvendo ciclistas nas canaletas dos biarticulados. Ele reforçou a necessidade dos poderes concedentes (Prefeitura, Polícia Militar, Guarda Municipal e outros) trabalharem em conjunto para realizar a fiscalização intensa nas canaletas. Há mais de dez anos o sindicato já pontua essa preocupação. Em 2012, reforçou a necessidade da “Operação Canaleta”. 

“Apesar das pessoas terem uma falsa sensação de que a canaleta é mais segura, pelo menor movimento dos ônibus comparado aos demais veículos, essa via não deve ser utilizada por ciclistas e pedestres. Reforçamos que a velocidade do ônibus é maior na canaleta e, portanto, a dificuldade de freio é maior do que os demais veículos. O Sindicato também deixa aqui um pedido à sociedade para que, caso vejam ciclistas na rabeira do coletivo, imediatamente chamem o apoio da Guarda Municipal. Podemos evitar vários acidentes dessa forma”, reforça o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.

Mortes recentes por esse tipo de acidente
De acordo com dados do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), Curitiba tem uma média de 16 acidentes em canaletas envolvendo ciclistas por ano. Em menos de um mês, foram duas mortes provocadas por esse tipo de acidente. 

No início de março, um adolescente de 16 anos perdeu a vida após ser atropelado, a Urbanização de Curitiba (Urbs) pontuou que ele fazia parte de um grupo que pegava rabeira no ônibus. 

Na última quarta-feira (14), uma idosa e uma criança de cinco anos acabaram atropeladas por um biarticulado. A mulher não sobreviveu e a criança permanece internada em estado grave.

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