
Motoristas e cobradores de Araucária acampam ao lado de terminal e ameaçam paralisar frota da empresa

Em janeiro, a empresa já havia alegado à Urbs não ter caixa para pagar funcionários, combustível e outras despesas essenciais ao desenvolvimento de sua atividade econômica. A Prefeitura de Araucária, responsável pelo transporte público da cidade, ainda não se manifestou sobre a manutenção da concessão que outorga o direito à empresa de usufruir do transporte público da cidade perante declaração de capacidade econômico-financeira. A empresa continua a atrasar os vales salariais periodicamente, um dos principais motivos pelas greves que aconteceram este ano.
Recentemente, com funcionários do setor de escritório e manutenção que a empresa também despediu sem aviso prévio e qualquer tipo de acerto previsto nas leis trabalhistas, a empresa realizou acordo em que se propunha a pagar parceladamente as verbas indenizatórias, no entanto, no segundo mês os pagamentos voltaram a não ocorrer.
“Trabalhei durante 19 anos na empresa. Não é uma questão de conciliação, a empresa deveria ter cumprido a lei e pelo menos ter nos avisado da despensa com 30 dias de antecedência. Agora precisamos no mínimo do FGTS, para ter como comer e pagar o aluguel que já venceu há muito tempo”, conta o motorista Arnoldo Ferreira dos Santos.
O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores, Anderson Teixeira, afirma que a Prefeitura de Araucária deve se posicionar sobre o impasse. “Nós temos uma empresa que diariamente recebe dinheiro à vista dos usuários do transporte coletivo, mas não paga em dia os seus trabalhadores. Se ela declara que não tem capacidade financeira para atuar, é responsabilidade do Prefeito garantir que a empresa que atua no transporte coletivo da cidade cumpra com suas obrigações trabalhistas”, explica Teixeira.
Confira as fotos do acampamento aqui.
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