
Motoristas e cobradores participam de Audiência Pública contra a terceirização
O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, delegados de base do Sindimoc e demais motoristas e cobradores participaram da audiência que ocorreu na tarde dessa sexta-feira (21), às 14 horas, e que debateu o PL 4330, projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que corta direitos trabalhistas sob o pretesto de regulamentar a terceirização. A audiência de iniciativa do vereador Jorge Bernardi (PDT), aconteceu na Câmara Municipal de Curitiba.
Ao chegar no Senado, o PL 4330 recebeu o nome de PLC 030-15. Se for aprovado como veio da Câmara, os 50 milhões de trabalhadores brasileiros, que hoje não são terceirizados, poderiam ser transformados em terceirizados, eliminando desse modo todos os seus direitos trabalhistas.
Os motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana estavam presentes na audiência, sendo representados pelo seu presidente Anderson Teixeira, que integrou a mesa de condução do evento (foto). Ressaltando os males causados por uma possível terceirização, o Sindimoc defendeu a posição do trabalhador e a garantia dos seus direitos.
Não ao PL 4330
Com a instabilidade política do últimos meses, grandes empresários do país conseguiram ressuscitar o Projeto de Lei 4330, de 2004, que vem com a conversa fiada de “regulamentar” a terceirização no Brasil, mas que, na prática, acaba com todos os direitos trabalhistas. O projeto já passou na Câmara dos Deputados e agora foi para o Senado.
Saca só a mutreta: Em vez do projeto regulamentar a terceirização dando direitos aos 15 milhões de brasileiros que trabalham como terceirizados atualmente, a patrãozada quer botar todos os 45 milhões de trabalhadores diretos para ser terceirizado também, pagando muito menos e eliminando direiros, claro! Terceirizados tem salários menores, se acidentam mais, têm jornadas maiores. Para se ter uma ideia, hoje, de cada 5 mortes no trabalho, 4 ocorrem com terceirizados.
A grande encrenca é que o PL 4330 permite que todas as atividades da empresa sejam terceirizadas, inclusive as atividades-fim. Hoje só as atividades-meio podem ser terceirizadas. Imagine um hospital sem médicos, uma escola sem professores... Todo mundo terceiriado, ninguém responde por nada. É pau no lombo do cidadão e do trabalhador e arrego para os empresários!
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